Ano de 1976

por bruno — publicado 11/03/2015 12h10, última modificação 07/05/2015 11h09
Homenageados no ano de 1976
Hideo Kayano (in memorian)

Hideo Kayano nasceu em Itapevi (SP). Desde muito jovem, aprendeu a trabalhar na terra no regime de cooperação familiar, formando lavouras no Município de Ibiúna (SP).Casou-se em 1957, com Fumika Miyakazi, com quem tem quatro filhos: Mirian Midori, Marina, Edson Hitoshi e Edna Megumi Kayano. Em 1959, radicou-se em Castro, fixando-se inicialmente em Caxambu e depois Cunhaporanga, onde adquiriu terras e, desde então, iniciou a produção de batatas, trigo, soja, arroz, cenoura e pecuária de corte. A expansão de sua atividade econômica e sua larga participação na vida da comunidade paranaense, fizeram-no eleger-se em 1976, através de pesquisa realizada  pelo SENAP "Agricultor do Ano".Participou ativamente da direção da Cooperativa Cotia local e incentivou a construção da unidade secadora e armazenadora de cereais existentes na Vila Rio Branco.Homem de visão empresarial, investiu os rendimentos da agropecuária, na formação das empresas castrenses: Comercial Sul Paraná, Amusa Auto Mercantil União S/A, Calpar, Transportadora Boa Vista e Sansuy Plásticos de São Paulo. Pioneiro e inovador, foi o primeiro a introduzir na lavoura mecanizada da região o avião agrícola a partir de 1969, tendo construído um campo de aviação na própria fazenda, dotado de qualidades técnicas.Consciente da importância da moderna tecnologia na racionalização da produção, procurou sempre cercar-se de administradores qualificados, indispensáveis ao desenvolvimento da melhoria de produtividade. Seu relacionamento estendeu-se além fronteira do Município de Castro, alcançando São Paulo (onde residiu) e outros estados, por seus dotes de amizade, honestidade e fino trato, o que o tornou um homem popular.

Tadao Kimura

Tadao Kimura nasceu em 10 de fevereiro de 1922 em Yamaguchi, Japão. Filho mais velho de Kenichi Kimura e Masako Kimura, perdeu seu pai quando criança e conseguiu cursar a escola primária ajudando sua mãe que tinha mais três filhos para sustentar. Aos 12 anos, vendo por acaso informações referente sobre o Brasil, encheu-se de esperanças e conseguiu persuadir sua mãe e emigrar para cá em 23 de dezembro de 1934, chegando primeiramente em Cotia, São Paulo, onde iniciou sua batalha. Trabalhou como diarista nas plantações de batatas e outras verduras. Para suprir a falta de estudo, reunia-se com os amigos a noite e estudavam e discutiam para aprimorar seus conhecimentos e também praticar o português para poderem integrar-se no novo meio em que viviam. Começou a participar dos movimentos juvenis da colônia japonesa e posteriormente da Associação Cultural Esportiva Social de Vargem Grande, da qual várias vezes foi eleito diretor presidente. Grande defensor do cooperativismo, integrou também este movimento dentro da Cooperativa Agrícola de Cotia, na qual ocupou vários cargos de destaque, entre os quais Conselheiro Fiscal, Diretor e membro da Comissão Produtora de Batatas. Em 1959, mudou-se para Castro encabeçando um grupo de oito produtores de batata e nos primeiros contatos com a terra e com o povo daqui notou a capacidade produtora da terra e principalmente a hospitalidade da comunidade, convidou vários outros companheiros a virem para cá. Desde que fixou-se na cidade, sempre procurou dar de si o melhor, orientando os colegas, trazendo técnicos para cá. Viajou várias vezes para o exterior - Holanda, Alemanha, França, Japão e Argentina - à procura de novas técnicas. Foi idealizador, incentivador e fundador da Comercial Sul Paraná Ltda, Auto Mercantil União S.A. e Sansuy Plásticos S.A. (São Paulo). Foi pioneiro na implantação do sistema de armazém e a granel no Paraná.

Yoiti Iwashita

Nascido em 17 de julho de 1920, em Nagasaki, é filho de Eihichi e Shio Iwashita, tradicional família católica, brasileiro naturalizado. Iwashita desembarcou em Santos juntamente com a família e de lá foram diretamente a Santa Cruz do Rio Pardo, estabalecendo-se na Fazenda Junqueira. Passado algum tempo, transferiram-se para Cotia, em Moinho Velho perto de São Paulo. Quando completou 15 anos, família mudou-se para Piedade, onde quase não havia outras famílias japonesas. Yoiti estudou com afinco a língua japonesa e apesar de não ter frequentado escolas no Japão, falava fluentemente o japonês. Foi em Piedade que faleceram os seus pais e foi lá também que ele casou com a jovem Yuri. Em 1961, acompanhando a intensa procura em terras em Castro e tendo ouvido falar do solo fértil, sem pragas e bom clima da região, resolveu mudar-se para cá. Aqui chegando estabeleceu-se primeiramente em Capão Alto e mais tarde radicou-se definitivamente no local denominado São Cirilo, na época propriedade de Antonio Gomes. Yoiti empenhou-se com vigor no cultivo da terra, plantando batata e também cenoura, arroz, trigo, aipin e soja. Com o grande desenvolvimento alcançado por sua propriedade, iniciou a total mecanização de suas lavouras, sendo um dos pioneiros em nossa região a usar a moderna tecnologia em prol da agricultura. Vale destacar a sua contribuição na construção da Igreja Matriz e também das estradas que ligam a São Cirilo e Fundão. Fez parte das seguintes empresas: Padomar-Paraná, Dolomita e Mármore Ltda., Sansuy Comécio de Plásticos S.A., Comercial Sul Paraná S.A., Auto Mercantil União S.A., Tacor-Tamari Comécio e Representações Ltda. e transportadora Iapó Ltda. Yoiti é pai de Kazuo Eisku, Shigueno, Emika, Yorika, Sumka e Akemi.