Ao falar de atas antigas, Fatima Castro ressalta importância histórica da Câmara

por Helcio — publicado 24/12/2020 03h10, última modificação 24/12/2020 03h21
Vereadora apresentou, pela quarta e última vez, a prestação de contas da sua gestão à frente do Legislativo, no biênio 2019-2020 (Foto: Thiago Terada)

Leia, a seguir, a íntegra do pronunciamento da vereadora Fatima Castro (MDB), presidente da Câmara Municipal de Castro, na Tribuna da sessão ordinária do último dia 16, durante o Pequeno Expediente. Foi a quarta e última parte da prestação de contas da sua gestão à frente do Legislativo (biênio 2019-2020), iniciada na sessão de 23 de novembro passado.

“Senhor presidente, senhores vereadores que estão aqui conosco no Plenário, os que nos acompanham pela videoconferência, os vereadores eleitos [...], os nossos servidores, todas aquelas pessoas que nos acompanham ao vivo pela nossa transmissão, boa noite.

“Hoje, uso a Tribuna pela última vez, aqui na Câmara. Nós estamos realizando, hoje, a 40ª sessão da Câmara de Castro, a última ordinária deste ano, e já vou começar falando sobre isso, sobre a mudança que fizemos, em 2019, na Lei Orgânica [do Município, LOM], para que ficássemos em conformidade com a Constituição [Federal]. A Câmara de Castro tinha um recesso parlamentar de 90 dias, e a Constituição determina que esse recesso seja, no máximo, de 55 dias. Fizemos alteração na Lei Orgânica, diminuímos o recesso parlamentar [em] 45 dias [...]. Hoje, o recesso [é de] 55 dias, como mandam a Constituição Federal e a [Constituição] do estado, e aumentamos o número de sessões para 40 ordinárias. Então, no mínimo, no ano, a Câmara precisa fazer 40 sessões ordinárias.

“Na sessão passada, eu falei sobre o projeto [institucional] Câmara Cidadã, [instituído pela] Resolução 09, de 17 de abril de 2019. E, como eu disse na sessão passada, ela tem quatro eixos: o eixo legal, que é a gente fazer a adequação dos documentos legais do município, vinculando eles com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, as ODS’s, das Nações Unidas; o social-comunitário, que é a Câmara se deslocar até as comunidades, fazer audiências públicas, sessões extraordinárias, ações junto à comunidade para aproximar o cidadão da Câmara; o educativo, [em que] mostrei o Jogo da Eleição, que é um projeto [...] pioneiro no estado do Paraná, a única câmara que fez aquisição desse material e que tem esse projeto – já fizemos história nisso; e o eixo histórico-cultural, que eu apenas citei e que é o que eu vou falar, hoje, pra gente fechar a nossa prestação de contas.

“A Câmara de Castro tem o maior acervo histórico do estado do Paraná. Porém, o nosso acervo não está devidamente armazenado como deveria, compilado como deveria, disponibilizado à consulta pública como deveria. O nosso acervo é composto de 3.714 atas e outros documentos manuscritos, divididos em 30 livros, confeccionados em papel centenário de elevada acidez. São manuscritos com tinta à base de óxido de ferro, sujeitas à oxidação e [ao] esmaecimento. É um valor inestimável. A Constituição Federal, no artigo 23, trata da proteção dos documentos históricos, do acesso à cultura. Logo que assumimos a Presidência, eu, como era vereadora já, [...] sabia da existência desses documentos, de como eles se encontravam, aqui na Câmara. E, aí, em 30 de janeiro de 2019, nós fizemos uma visita técnica (vou pedir gentilmente que o Valdivino [Mariano, assessor de Tecnologia da Informação, TI] me auxilie na apresentação). Nós fizemos uma visita técnica ao Arquivo Público do Estado do Paraná [em Curitiba] para [...] saber como deve ser um arquivo, quais as normas, como deve ser esse espaço. [...] Alguns vereadores me acompanharam, servidores da Casa, e, aí, nessa imagem (volte só um pouquinho, Valdivino) [...] vocês podem observar as atas de Antonina, [...] as quais estão deterioradas, como os senhores podem ver, pela ação do tempo [...]. E lá no Arquivo Público eles estão fazendo a recuperação dessas atas, que são posteriores às atas da Câmara de Castro. No Paraná, não existe [...] nenhuma câmara que tenha atas tão preciosas, tão antigas, quanto a Câmara de Castro, e tão perfeitas quanto as nossas. Então, essas são as atas de Antonina. (Pode passar). [O vereador] Paulinho [Cesar de Farias, PSD] estava comigo, o [primeiro-secretário] Maurício [Kusdra, PSB], o [Antonio] Sirlei [Alves da Silva, DEM] participou disso, também, servidores, o Fernando [Luiz Silva Pitthan, diretor de Licitação e Compras], o [assessor jurídico] Ronie [Cardoso Filho]. [...] Observem que as paredes [são] de cimento bruto. A gente pensa assim, um arquivo, eu já pensei uma coisa mais... com acabamento. Não é. É assim, mesmo, não pode ter (apontando para a tela) janelas, tem toda uma questão de normas com relação a isso, de questão de temperatura e tudo mais. Fomos conhecendo os vários ambientes, os vários tipos de armazenamento desses documentos históricos (pode passar, Valdivino, por gentileza). Depois, fomos na Casa da Memória, porque nós visitamos, em Curitiba, todos os espaços que têm documentos históricos e como que eles estão guardando esses documentos, qual o tratamento que dão a [eles]. (Essa é uma foto na Casa da Memória, pode passar). Nessa foto, ali, como era antigamente a foto... A foto era em vidro. O que ele está segurando, ali, é um negativo em vidro de uma foto. Então, são coisas, assim, raríssimas. Isso foi em 30 de janeiro. (Pode passar). [...] Na sequência, vou estar mostrando o projeto arquitetônico da Câmara [...]. Em 7 de dezembro de 2019, nós fomos até Irati, fizemos uma visita no Cedoc [Centro de Documentação e Memória] lá na Unicentro [Universidade Estadual do Centro-Oeste], no campus de Irati, para fazermos uma parceria [incluindo] a digitalização das atas, o catálogo dessas atas, para que a gente pudesse disponibilizar [o acesso à população]. [...] Posteriormente, [...] em fevereiro de 2020, tivemos a primeira visita [da professora Márcia Doré] da Unicentro aqui em Castro, na Câmara. [Ela veio] até a nossa Câmara conhecer [...] as nossas atas, [fez] uma visita que o Helcio [Kovaleski], nosso assessor de Comunicação, acompanhou em todos os espaços de Castro onde temos documentos históricos. Foram no Museu do Tropeiro, na Igreja-Matriz, na Casa Emilia Ericksen para ver o acervo histórico que o município de Castro tem. [Como] o acervo é medido em metros lineares, ela [Márcia] tinha que fazer um levantamento [...]. A dra. Lea [Maria Cardoso Villela, historiadora, ex-diretora do Museu do Tropeiro] esteve, também, nesse dia, aqui, acompanhou (pode passar). Essa já é a segunda visita da Unicentro, dia 5 de março de 2020, quando [Márcia Doré veio, novamente, na Câmara e iniciou] o trabalho de [...] scanner das nossas atas. Essa nossa parceria com a Unicentro é gratuita, não haveria custo algum para a Câmara de Castro. Não houve, inclusive. [Ela veio, passou] o scanner, só que, daí, veio a pandemia e a Unicentro fechou. E, inclusive, nem foram tratados, porque, depois do scanner, é feito um tratamento de imagens, e o catálogo dessas imagens. E, daí, seria disponibilizado para a Câmara de Castro. Como a Unicentro fechou, e continua fechada, esse trabalho com eles parou. Nós fomos buscar outros parceiros. Conversamos com a Universidade Estadual de Ponta Grossa [UEPG]. No dia 8 de setembro, fizemos uma visita [ao] Museu Campos Gerais, [onde] vimos como que é feito o projeto que eles têm hoje, como é o sistema de digitalização, como que faz a parte de catálogo. A UEPG tem uma parceria com a UTFPR [Universidade Tecnológica Federal do Paraná], que faz toda a parte tecnológica, que desenvolveu o software pra fazer esse catálogo das atas, essa busca, [o] cruzamento de dados. Então, ali naquela foto, estamos vendo uma apresentação da UTFPR, os doutores da UTFPR mostrando como desenvolveram o software, como isso fica armazenado no ‘Repositório Memórias Digitais’. Essas foram as visitas técnicas que realizamos. Aí, iniciamos um trabalho de fazer um convênio [...] entre a Câmara de Castro, a UEPG e a Fundação de Apoio Institucional, Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Ponta Grossa, a Fauepg. E o que era a nossa finalidade? Realizar ações conjuntas de execução do projeto de extensão universitária intitulado “Um Acervo Histórico em Processo de Transformação, Documentos da Câmara Municipal de Castro 1789-1900 e Repositório Memórias Digitais – 1ª Edição”. Esse é um projeto pioneiro no estado do Paraná que a UEPG quer iniciar com a Câmara de Castro e ampliar para [...] outros municípios que tenham algum tipo de documento histórico naquele sistema ultra, hiper, mega moderno da UTFPR, de busca. Quando a pessoa colocar lá um nome de uma pessoa, vai puxar tudo o que existe sobre aquele fato histórico, sobre aquelas ações, no sistema. Isso fica no Museu Campos Gerais, e a UTFPR é quem desenvolve essa parceria. O convênio nosso, o que prevê? A digitalização das atas; o tratamento das imagens; a indexação das imagens, permitindo a sua utilização em pesquisas a partir de vocábulos-chave detectáveis por monitores de busca; hospedagem em site especializado em pesquisa histórica, com estabelecimento de link com os demais documentos já disponibilizados no acervo digital; disponibilização de pessoal técnico especializado para operacionalização das diversas fases do projeto; e extensão do conhecimento produzido de forma permanente no repositório digital e de forma pontual em exposições físicas, a acontecer nos espaços apropriados convenientes. Então, assim, prevê, inclusive tem no nosso cronograma de execução, as exposições que serão realizadas tanto aqui em Castro, no nosso espaço, quando no Museu Campos Gerais. É um projeto único no País. Bom, então vamos falar sobre o convênio. Nós fizemos o trâmite do convênio. Está aqui na minha mão o convênio com a UEPG, toda a documentação acostada. E o que aconteceu? Devido a questões burocráticas que fugiram do meu controle – nem tudo o que a gente quer a gente consegue [...] –, falta um documento. Às vezes, uma entidade tem que mandar um orçamento, alguma coisa. Nós recebemos toda a documentação agora. [...] Inicialmente, nós tínhamos um cronograma de execução que iniciaria em outubro, [com] a questão das digitalizações, mas só conseguimos juntar toda a documentação agora. E, aí, eu tinha até hoje [16 de dezembro] para tomar a decisão, se celebrava o convênio ou não. E, aí, eu pedi à dra. Patrícia [Selmer, procuradora jurídica da Câmara] que fizesse uma consulta no Tribunal de Contas [do Estado do Paraná, TCE/PR]. Como não é um serviço essencial, como, por exemplo, uma coleta de lixo de um município, alguma coisa assim, como nós não conseguimos iniciar, eu, por bem, vou finalizar ele e dar um parecer final amanhã [quinta-feira, 17], deixando para que o próximo presidente faça a contratação, se assim o desejar. Está tudo pronto, está tudo aqui (mostra o documento). Só que, assim, nós tínhamos esse convênio, [que] custaria R$ 90 mil. O que é o pagamento dos R$ 90 mil? São dos estagiários que serão selecionados pela UEPG, porque [...] não é qualquer pessoa que pode manusear documentos históricos. Os estagiários são de doutorado, que são selecionados pela UEPG [...]. Porque não é só digitalizar. É catalogar, é fazer a pesquisa, então isso tudo precisa de um conhecimento específico. E são dois anos de execução, por isso que nos dois anos daria R$ 90 mil. Se formos nos remeter, a gestão do [vereador] Gerson [Sutil, PSC, no biênio 2014-2015) presidente, nós temos aqui de acervo histórico esta obra de arte que nos custou [aponta para o painel instalado atrás das cadeiras da Mesa Executiva], na época, R$ 70 mil. Mas está aqui imortalizada a história de Castro, o que torna a Câmara, inclusive, um espaço turístico. Que é um orgulho pra nós. Quando as escolas trazem as crianças, aqui, já é usado este painel para falar da nossa história. E não existe, não existe no Paraná um acervo como o nosso. Então, eu já vou deixar o meu apelo. Está tudo pronto, senhores vereadores. Eu não estarei aqui, mas vai ser um presente ver vocês realizando isso. [...] Nós temos o convênio engatilhado, pronto, está tudo aqui para que o novo presidente dê andamento a ele, se assim o desejar, e eu fico à disposição para qualquer esclarecimento posterior que seja necessário.

“Agora, eu vou apresentar para aos senhores mais um projeto maravilhoso que fica de herança para vocês, nosso legado. Como eu disse aos senhores, nós [...] fizemos a visita técnica, conhecemos o Arquivo [Público do Estado do Paraná], estudamos o Arquivo Público de São Paulo, fizemos várias reuniões com arquitetos, com engenheiros, no ano de 2019, e, em janeiro de 2020, fizemos a contratação do projeto básico arquitetônico para fazer toda a revitalização da Câmara, que eu vou mostrar para vocês. Esse é o projeto arquitetônico básico. Tem o projeto das áreas externas. Na maquete eletrônica, os senhores vão estar vendo tudo isso. É um projeto de implantação geral. Tem o paisagismo, lay-out, projeto de cobertura do estacionamento, com painéis de energia solar, projeto de iluminação externa, levantamento plano-altimétrico, projeto arquitetônico de novas instalações, que é do arquivo nosso, que vou estar explicando pra vocês; a revitalização da garagem, que eu vou explicar, a copa, a cozinha, a sala de pesquisa, o projeto arquitetônico de ampliação da área [em] 45 metros, destinada ao aumento da copa, da área de serviço, da sala da Presidência. Os projetos todos estão impressos. Tem o projeto de ar-condicionado, que eu vou mostrar para os senhores, também, tudo pronto. O projeto arquitetônico a ser desenvolvido totalmente em consonância com a legislação vigente. [...]. Então, está aqui o processo nosso, já fizemos, já executamos, aqui na pasta temos todas as plantas [...] citadas, mencionadas, e que os senhores vão poder observar agora. (Mostrando na tela) Essa [é] a nova fachada da Câmara. Hoje, nós temos uma guarita, uma entrada só. Então, a duplicação da guarita, um lado entra, outro lado sai. O nosso pátio, a entrada ficaria dessa forma. Nós temos, ali, dois espaços cobertos para as pessoas. (Mostre com o mouse, Valdivino, por favor) Temos duas áreas. Nessa área que ele está mostrando, o ônibus chega de frente, deixa as pessoas e ali o ônibus entra embaixo dessa cobertura, as pessoas entram pela cobertura, aqui, no acesso do Plenário, para não se molhar nos eventos, e ali tem mais uma área coberta, também. Esse pátio, outra cobertura, daí para a parte da frente (pode passar, Valdivino) [...]. Esse é o estacionamento nosso, completo, com iluminação externa [...] Deixe eu falar uma coisa pra vocês. Esse é um projeto sustentável, para tornar a Câmara de Castro a única sustentável do Paraná. Esse piso é permeável, com uma tecnologia totalmente diferenciada que eu conheci lá no Concidades [Conselho Estadual das Cidades, do qual Fatima faz parte], quando uma empresa fez uma apresentação. A chuva cai, é como se fosse uma esponja. Absorve na hora, tudo. Você joga, assim, absorve, não fica água no pátio e ela é sustentável. [...] Essa é uma outra imagem da guarita [...] Ali no canto, tem [...] um bicicletário e também estacionamento para as motos (pode passar a imagem). Aí, o estacionamento de ônibus, como fica. Aqui, as motos, lá os ônibus, todo o nosso pátio com a acessibilidade e com as vagas de cadeirante, de idoso, tudo isso. (Pode passar). Essa é a cobertura do estacionamento da área dos vereadores, com a cobertura com painéis solares, para [...] produzirmos toda a energia necessária para a Câmara. E o que sobrar da produção da nossa energia devolve na rede para a Copel [Companhia Paranaense de Energia] e a gente recebe. Esse projeto de energia solar, nós recebemos várias empresas, aqui, vários engenheiros fizeram estudo, inclusive com drone, e em cinco anos o projeto se paga, e tem durabilidade de 25 anos (pode passar, Valdivino). [...] Nessa imagem, aparece o que já temos. Aí, a parte coberta e uma construção nova. (Mostre com o mouse lá, Valdivino) A parte nova, que é o arquivo. [...] Então, essa é a fachada do arquivo, para não perder a estética do nosso prédio. Na parte de baixo é a garagem para dois veículos, e temos essa entrada lateral que vai num jardim de inverno que depois os senhores vão ver na maquete eletrônica como que fica. Esse é o acesso dos vereadores ao Plenário. Temos a escada e a parte para cadeirante. Essa entrada nossa, na lateral, ficaria dessa forma (pode passar). Essa é uma imagem atrás, aqui, do Plenário. Observem o Plenário existente lá e a construção nova. Essa é a parte nova e ali uma área de descanso; e aqui tem as vagas de garagem, o estacionamento. Aqui é um espaço que temos atrás da garagem. Hoje, ficaria dessa forma para os servidores, uma área de lazer, e tem uma passagem que depois os senhores vão ver. Ali onde o Valdivino está mostrando, tem uma passagem da cozinha para essa área, uma porta de vidro. Essa é uma imagem aérea da construção nova, como ficaria tudo, e lá onde o Valdivino está mostrando, que seria aqui atrás, no canto, é onde fica a cisterna, porque, como eu disse aos senhores, o projeto é totalmente sustentável. Tem a coleta de água do telhado na construção nova toda, e essa água vai para essa cisterna, onde, no subterrâneo, tem a caixa d’água, vamos dizer assim, gigante, para guardar [...]. Desse canto virá a água para a nossa cisterna de combate a incêndio. Hoje, a nossa cisterna [...] utiliza água potável. A partir desse projeto, vamos utilizar água da chuva, tanto para a cisterna quanto para lavar o pátio [...]. Esse é o nosso projeto do ar-condicionado da Câmara. Nós tínhamos, anteriormente, um projeto que era inexequível. Nesse projeto, foi contemplada também a parte de ar-condicionado em todos os gabinetes, em todos os espaços. O ar-condicionado que temos hoje, no servidor da Câmara, é inadequado. Ele congela. Não pode, porque tem que ficar 24 horas funcionando, e aqui no Plenário o sistema é de dutos, [pois] são normas do [Corpo de] Bombeiros, [e] tem que renovar o ar. Foi algo muito, muito, muito trabalhoso fazer isso. Muito, mesmo. [...] No arquivo, tem todo o sistema específico na construção nova [...] para o armazenamento da documentação histórica [...]. Esse é o projeto completo de ar-condicionado. Esse que vocês estão vendo agora. Só para vocês entenderem, esse é o pavimento inferior (vamos começar, Valdivino, pela garagem). Nós temos a garagem para dois veículos e também para acesso dos veículos que trouxerem documentos históricos para a Câmara. Da garagem, a gente vai para a sala de quarentena, onde os documentos ficam [...], depois para o laboratório de tratamento [...], para a sala de digitalização, [...] sala de arquivo, que pode ser no pavimento inferior ou no pavimento superior. Aí, nós temos um elevador, tanto para se alguém quiser utilizar como para, principalmente, subir os documentos, mesmo para o pavimento superior, e aí tem também a escada. Aí, nós temos os banheiros masculino e feminino, um vestiário e também banheiro para pessoas com deficiência. Esse é o pavimento inferior do arquivo, uma construção de 600 m². Esse é o nosso pavimento superior. (Vamos começar, Valdivino, pelo balcão de informações). A pessoa chega, na maquete eletrônica os senhores poderão verificar bem, [...] tem um balcão de informações, uma sala [...] com computadores para consulta na internet; uma sala administrativa, uma sala de reunião [...] bem grande, da dimensão da nossa das Comissões, onde, por exemplo, [se vierem representantes de] uma universidade [que quiserem] ver os documentos, há a possibilidade de nessa sala fazer isso, também. Daí, tem o arquivo, [com] 147 m² [...] o elevador, que chega ali. A cozinha, tem uma copa, [...] uma sala de TI [...] separada, específica para essa documentação histórica, e aí temos os banheiros, masculino, feminino e para pessoas com deficiência. Essa é a planta. Aí, temos a reforma da cozinha que foi citada. Então, como que é? Onde nós temos, hoje, a cozinha, a garagem, hoje existente, se torna cozinha e ampliada com uma copa. Na cozinha de hoje, tem a porta que sai para a área externa, ali ao lado. Essa porta dá para a [...] área externa. (Pode passar). Aqui dentro, onde hoje é a garagem, há um espaço onde vai ser construída uma parede para ter uma lavanderia. Essa é a lavanderia (pode passar), essa é a sala de reuniões da Presidência. Em cima da garagem, hoje existente, que é um espaço morto, tem essa sala da Presidência, no caso. O gabinete da Presidência acessa a sala de reuniões, no projeto. Essa é a nossa imagem da Câmara como que ficou. Nós temos aqui, então, os projetos todos, todos os documentos (mostra os projetos), está tudo encaminhado. As planilhas para fazer a licitação da obra, tudo, tudo, tudo pronto. E por que eu não licitei a obra? Porque tinha que fazer um remanejamento no orçamento da Câmara, e o nosso problema não é falta de recursos, mas tínhamos que remanejar para fazer a construção. Eu encaminhei o ofício para o prefeito [Moacyr Elias Fadel Junior, Patriota] solicitando que ele encaminhasse o projeto para fazer o remanejamento de verba, e ele não nos enviou, o que impossibilitou que fizéssemos a licitação da obra. Mas os projetos todos estão aí, está tudo pronto para que o próximo presidente, se assim entender e desejar [...]. Outra questão é que eu conversei com o prefeito Moacyr [sobre] a intenção de guardar todos os documentos históricos do município. Foi conversado com o Fórum, porque no Fórum nós temos processos que datam de 1800, da época dos escravos, e temos um acervo de posse do município. O Moacyr conhece o projeto, prontamente disse que o município cede os documentos, porque, aos moldes do Senado norte-americano, [é] o Senado [que] detém todos os documentos históricos dos Estados Unidos, e nós gostaríamos de, aqui na Câmara, tendo um espaço adequado, sermos os detentores da história do município. E o Moacyr disse que ele encaminha os documentos para que fiquem aqui na Câmara de forma adequada, preservada.

“Hoje, nós [...] já temos para devolver para o município R$ 3.865.345,69. Esse valor vai aumentar. Acredito que a Câmara vai fazer uma devolução de R$ 4 milhões [...] para o Executivo. Na data de hoje [16 de dezembro] já temos esse saldo, que será repassado para o município dia 21. Hoje, eu peguei da internet o preço de uma casa popular, só para que as pessoas que nos assistem tenham uma ideia de que, com esse dinheiro, poderiam ser construídas 60 casas aos moldes da Cohapar [Companhia de Habitação do Paraná]. Essa devolução da Câmara de Castro [é], novamente, [um] recorde na nossa história [leia matéria clicando AQUI].

“Então, agora, eu vou finalizar dizendo o seguinte. Ao longo dessa minha prestação de contas, mostrei o que pudemos realizar efetivamente e o que deixamos alinhado para a próxima Presidência. E já fica aqui como projeto de continuidade, como sugestão. Na sessão passada, eu falei da urgência dos reparos naquela sala, dos laudos de perícia que estão todos prontos para que se façam os reparos necessários e que os funcionários, assim, possam ter a formação continuada; que nós deixamos os móveis comprados, os computadores, tudo certo para que [...] isso aconteça. Há a necessidade de se fazer a mudança no padrão elétrico da Câmara, já fizemos todas as pesquisas junto à Copel, autorização, tudo isso está encaminhado, porque precisamos fazer essa mudança de padrão. (Enquanto eu falo, os senhores estão vendo uma apresentação da maquete eletrônica da entrada. Eu vou falando e os senhores podem ir observando). Então, há a necessidade de fazer a mudança de padrão [elétrico] por causa do sistema de ar-condicionado e também por conta da energia solar. Já deixamos isso encaminhado, também. Estou falando pela ordem daquilo que é importante, porque, sem fazer a mudança de padrão, não tem como fazer a questão do ar-condicionado, que a gente ia, inclusive, licitar já o ar-condicionado. O convênio com a UEPG, a contratação que está aí, fácil, fácil de se executar, e essas obras do arquivo que fica tudo, tudo pronto só para licitar. Está tudo pronto. Só para fazer esse projeto arquitetônico, o que os senhores estão vendo, nós levamos 11 meses. [...] Tudo isso não é uma coisa fácil. Esse é parte do legado que fica aí (ele está mostrando a imagem do acesso do cadeirante pela rampa que já existe; na verdade, essa rampa já existe. Pode passar. Valdivino, para o próximo vídeo, que é o mais completo, para que eles possam verificar). [...] Vocês entram, como eu falei, nessa entrada lateral, temos, aí, um jardim de inverno e o cadeirante pode entrar por aí ou qualquer pessoa pode entrar por esse acesso. A gente quer mostrar como que é a rampa, como que ela fica. A rampa, nós fizemos mais larga, inclusive, do que é a norma exigida, para que possa passar um cadeirante com tranquilidade e uma pessoa junto. Esse é o acesso. Essa rampa é aquela que existe, aqui, ela hoje desce e vai subindo aqui, vai ser mudada a forma dela. Ela sobe para o segundo pavimento [...] e chega na sala de recepção, que eu mostrei para os senhores. Essa é a porta da recepção e o andar de cima. Então, pode ser observada a entrada. Também, na sequência, tem a escada na lateral, aqui a sala de pesquisa e essa também; quem está aqui no Plenário sobe por essa escada, [...] ali das portas de vidro que já existem, hoje. Esse é o pavimento superior que os senhores viram na planta, os banheiros, a sala de TI [...] e ali dentro vai ser mostrado o arquivo. Aí, o elevador, entra na escada, pode subir do pavimento inferior por escada ou por elevador, e aí [...] como fica o espaço do arquivo. Nesse espaço, tem todo o sistema de combate a incêndio, tudo das normas. Nós tivemos o auxílio da [professora Márcia Doré] da Unicentro, depois que o projeto estava pronto. Ela veio para ver se estava tudo ok. Ela deu ideia, foi modificado. Depois, também, fizemos essas modificações e encaminhamos para a empresa que dá consultoria para o Museu da Castrolanda, que também verificou e deu mais algumas ideias na questão da água, na parte hídrica, para que não tivesse nenhum perigo em relação [aos] documentos históricos.

“Eu quero, enquanto vão passando as imagens, [...] fazer o agradecimento aos servidores da Câmara de Castro. Eu quero falar o nome deles, porque eu gosto sempre de falar de pessoas. Eu quero agradecer o [Adriano] Rudy [Goltz, guardião], a Bruna [Gorethi Alves Ramos, telefonista], o Bruno [Eduardo de Oliveira, técnico de Informática], a Carla [Rosana Moreira Schmegel, auxiliar de serviços], a Cecilia [Fierek, auxiliar de serviços], Daniel [Moraes Pedroso, analista de Recursos Humanos, RH], Deborah [Cristina Machado Bueno, analista legislativa/Controle], Fernanda [Fontoura Quirrenbach, contadora], o Flavio [José Domingues, técnico de Áudio e Vídeo], a Irene [Hurla, auxiliar de serviços], o Marcos [Paulo de Oliveira, técnico-financeiro], que está aqui no Plenário, também, a Marília [Alves Pereira, técnica administrativa de Licitação e Compras], a dra. Patricia [de Mello Fontoura Selmer, procuradora jurídica], a Patricia [Santana Stockler], nossa recepcionista, o Paulo [Ricardo Martins] motorista, a Rosana [Mara Prestes Pereira Iurk, analista legislativa], que está sempre nos ajudando, a Valderes [Aparecida de Oliveira da Silva], que trabalhou conosco no primeiro ano do nosso mandato, o Fernando [Luiz Silva Pitthan, diretor de Licitação e Compras], o Helcio [Kovaleski], que é da Comunicação, o Marcos [Vinicius Schoembaechler], que é o diretor-geral da Câmara, a Mariana [Tomé Pedroso], nossa assessora jurídica, o Ronie [Cardoso Filho, assessor jurídico], que tem uma contribuição grande com essa parte histórica, o Thiago [de Quadros] Terada [assessor parlamentar do vereador Rafael Rabbers], que nos ajudou com o Portal [da Transparência], obrigada, Thiago, só nós sabemos como foi, né? O Valdivino [de Jesus Mariano, assessor de Tecnologia da Informação, TI]. Obrigada, Valdivino, por tudo, por você nos ajudar com essa apresentação, hoje, não só você, cada um dos servidores que estão aqui. Marcos, diretor-geral, que sempre esteve aqui firme, e os assessores dos vereadores, eu falei desses servidores porque são aqueles que ajudam a presidente mais de perto. Quero agradecer à Jhennefer [Sheleidres Ferreira], que foi minha assessora, o Bryan Jorel Bohmann, que foi meu assessor, também, as pessoas que me elegeram, e um agradecimento especial aos vereadores, [...] que me deram oportunidade de estar na Presidência, aos vereadores que me respeitaram enquanto vereadora e presidente desta Câmara. Eu não tenho como colocar em palavras. Milagrosamente, eu não estou chorando, agora. Eu acho que já chorei, hoje, porque, enquanto eu estava fazendo a minha apresentação... São muitas coisas. Eu quero dizer que foi maravilhoso estar aqui. Maravilhoso. Estar eleita, obrigada aos meus eleitores que me deram essa oportunidade, e fica o nosso legado, e eu fico à disposição do novo presidente e espero que vocês deem continuidade às ações que a gente deixou engatilhado. Obrigada de coração. Obrigada, mesmo.”

(Acesse clicando AQUI o link para assistir ao trecho em vídeo da fala de Fatima Castro, na Tribuna)