“Para Castro é o pior momento, momento mais delicado, mais grave”, ressalta secretária de saúde sobre a pandemia
A fala acima é da secretária municipal de Saúde, Maria Lídia Kravutschke, sobre a atual situação da saúde de Castro desde o início da pandemia. Lídia esteve na Câmara Municipal de Castro na tarde de hoje, 27 de maio, para apresentar em audiência pública conduzida pelo vereador Professor Jonathan (PSC) as ações da pasta neste primeiro quadrimestre de 2021.
Lídia relatou que a maior preocupação a nível de saúde do ministério e da própria secretaria de estado, era que quando ocorresse essa terceira onda, que dizem ser o momento que estamos vivendo agora, teríamos problema com profissionais, pois após um ano aqueles que permanecem atuando estão esgotados. “Para Castro é o pior momento, momento mais delicado, mais grave... [Os casos] estão chegando mais graves na UPA, estamos numa situação que não conseguimos encaminhar nossos pacientes, não tem vaga na UTI, ontem no Jornal Estadual eram 1.200 pessoas no estado do Paraná aguardando vaga para leito clínico ou UTI”, enfatizou.
A secretária mencionou que as atividades dos profissionais nos primeiros quatro meses do ano se concentraram na pandemia. Segundo Lídia, devido ao atual quadro epidemiológico que o município passa, a atenção primária a saúde está sendo penalizada. Profissionais estão sendo remanejados para outras unidades ou suprindo necessidade da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e todos os exames eletivos de laboratório que são coletados nas unidades básicas de saúde foram suspensos por trinta dias, com exceção para gestantes e urgências.
Além disso, as unidades passaram a realizar o monitoramento dos pacientes positivos para COVID19, atividade que era realizada pela secretaria, mas precisou ser descentralizada devido o volume de pessoas infectadas. Ainda, nessa fase de vacinação das comorbidades em que as pessoas precisam apresentar atestado ou declaração para ter direito a aplicação, é a atenção primária que está fornecendo essa documentação para os pacientes do SUS.
Ao ser questionada por munícipe, a secretária explicou que a vacinação para comorbidades está na terceira fase, atendendo pessoas de 35 a 44 anos, e deve seguir até as pessoas de 18 anos com comorbidades. Depois disso a vacinação voltará a ser por idade, iniciando aos 59 anos até chegar novamente às pessoas com 18 anos.
Por sua vez, o presidente da comissão de Saúde e Assistência Social, Professor Jonathan aproveitou para pedir que a secretária, na primeira oportunidade, lembre dos professores e profissionais da educação que estão aguardando respeitosamente seu momento de serem vacinados para que possam trabalhar de forma mais tranquila.
Jonathan e Lídia utilizaram o espaço para pedir consciência da população. “Sabemos que muitas pessoas não estão dispostas a ajudar, grande parte da população ainda não entendeu, e essa parte prejudica pessoas que estão fazendo o que precisa ser feito”, disse o vereador. “Lamentamos muito a não colaboração da população, tem situações que ficamos muito tristes. A prevenção é a população que tem que fazer, não aglomerar, manter distância, usar a máscara”, salientou a secretária.
Receitas e despesas- Conforme a lei orçamentária para 2021, o orçamento da secretaria de saúde para este ano foi fixado em pouco mais de R$ 60 milhões, 24,09% do orçamento total do município. No quadrimestre analisado na audiência, as receitas totalizaram cerca de R$ 20 milhões e as despesas não ultrapassaram R$ 14 milhões.